Todo um Zeppelin arde no meu peito.
Todo em chamas me queima no meu leito.
É fogo consumindo-me indecente,
Insânia que só minha carne sente.
Ânsia – desejo nunca satisfeito,
Coisa que me lançar de um parapeito
Me faz querer às camas loucamente
Em busca de prazer que me alimente
A boca que não cessa de querer
Beijos, bocas, ser que ama por inteiro
E bêbado só pensa em se perder,
Ardendo como Roma num incêndio
Ou no calor do Rio de Janeiro
Quem do excessivo amor quer o dispêndio.