quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A praça do imperador


















Na praça do Imperador,
Há tanta vida e estrutura,
Há tanta história e escultura,
Cúpulas e arranha-céus.

Na praça do Imperador,
Há monumentos e lápides,
O palácio e antigas torres
Encimadas pela Virgem.

A praça do Imperador,
Ela a própria é um monumento,
Inscrita imagem, momento
De marchas e pavilhões.

Na praça do Imperador,
Há o antigo ancoradouro
Das naus outrora aportadas –
O Pharoux e o chafariz.

A praça do Imperador:
Terreiro da Polé, Largo
Do Carmo, Paço real,
Praça XV de Novembro.

Em tantos nomes e histórias,
Marco zero da cidade,
Nosso berço e nascedouro,
Venho manso desaguar-me.

Na praça do Imperador
De tantos rios e Rios
A desaguarem erráticos,
Posso sereno espraiar-me

Após tanto caminhar,
Após tanto navegar
Com braços, pernas e pés,
E o coração afogado.

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