Meu frágil coração desventurado
Não suporta sozinho sofrer mais.
Quer deixar de bater descompassado
Meu pobre coração angustiado,
Que pulsa sem alívio ou qualquer paz,
Não consegue esquecer do meu passado
Que o rasga terrível e contumaz.
Não há para si bula ou medicina;
Assustado ele me vem logo à boca
E da aorta sinto no peito a ruína,
Pois nada o deixa leve e eternecido
E, perante essa vida muito louca,
Em pânico, dispara enlouquecido.